domingo, março 06, 2005
Sobre meu domingo e crianças
Seis dias do terceiro mês do ano 2005. Estava eu bem sentado aqui na cadeira em frente ao meu computador, trocando uma idéia de leve com meus amigos e desfrutando de uma bela partida de RPG (humanos, meus favoritos!) quando ouço batidas à porta do meu apartamento.
Oh, é a simpática vizinha do 501. Aquela moça jovem que tem uma filhinha adorável. Logo depois os problemas começam a aparecer. Em meio a um encontro importante no jogo em que estava envolvido, ouço o falsete do choro da mãe da pequena Luísa e lá fui eu, curioso e altruísta, ver no que poderia ser útil. Sim, ela estava chorando e, antes que a menina começasse a indagar a razão do pranto da mãe, eu (não sei bem como) comecei a brincar com ela.
Isso me trouxe lembranças muito boas da época em que eu era criança (época essa abreviada com a separação de meus pais já que, querendo ou não, uma separação é algo traumático), quando um único brinquedo pode dar “vida” à toda uma casa. O travesseiro é a cama, as costas de um sofá são a mesa de refeição, sorvetes brotam de mesas, e outras coisas que para “gente grande” são totalmente absurdas.
Lembrei-me também de como é bom ser criança e ter a leveza dos puros no coração, isso tudo apenas ao observar aquele olhar repleto de luz, uma luz que não é reflexo da iluminação, mas sim de uma alma limpa e abençoada.
Foi uma experiência terna brincar com ela, com toda a certeza, mas também deveras cansativa. Era incrível, eu sentia-me como num filme acelerado... Mickey e o cachorro dormiam por 5 segundos e já iam tomar banho para jogar futebol em um campo de futebol de botão (impróprio? Não pra uma estranhamente coerente psique infantil). Fiquei realmente estafado, o que me partiu o coração, pois ela queria brincar mais. Mas minhas costas negaram o que meu coração teimava em tentar atender. Foi divertido, e instrutivo, e teve um sabor de saudade... e um de felicidade por estar crescido.
O ruim foi me justificar com o pessoal do MSN que eu tive de deixar esperando. Uma amiga até insinuou algo pervertido quando falei que estava com uma menina... risos... enviei um e-mail me justificando... Mas se ela bronquear, azar o dela... Eu agora quero me relacionar com pessoas que sejam como as crianças: leves de coração, puras de mentes, e lindamente criativas em suas fantasias.
O autor desse conto recomenda, como leitura adicional, e quase como guia de vida, o livro: “Changeling The Dreaming”, da editora White Wolf (se quiserem, me requisitem a versão digital).
Texto Por: Gustavo
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Assim como a Guerra Fria, essse, é um jogo de idéias e interesses. Onde só há um vencedor: qualquer um que participar

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