segunda-feira, janeiro 24, 2005
Quando a chama bruxuleante aos poucos abranda...
Sempre tive como principal reclamação acerca da sociedade a falta de incentivo. Principalmente da família e da escola, instituições que deveriam sempre fomentar o nosso constante desenvolvimento. Por “nosso” entenda-se principalmente os jovens, os que construirão o futuro, os arquitetos do tempo vindouro.
A impressão que me fica de uns 3 anos para cá é que tanto faz se o jovem tem ou não energia e vontade de continuar, contanto que as contas sejam pagas. As aparências são mantidas para criaturas imaginárias, uma vez que todos claramente vêem que a situação está a se deteriorar, prenunciando um caos incomensurável e sem precedentes. Professores mal-formados, em universidades que são estabelecidas sem total crivo do MEC, são mal pagos por instituições de ensino que, se não estão à beira da falência, são dirigidas por administradores ambiciosos, desejosos de mais dinheiro, que acabam por deixar a qualidade do ensino em segundo plano. Uma das maiores incoerências que já encontrei nesse campo chama-se progressão. O aluno roda em um ano e cursa o próximo, enquanto recupera – apenas com algumas aulas de reforço e alguns trabalhos – o ano anterior. Desta forma o aprendizado dos dois anos é prejudicado. Apenas mais uma forma de evitar altos índices de repetência na instituição e de arrecadar mais recursos.
Sem um real desejo e uma genuína aptidão por ensinar é impossível manter um aluno motivado. Enquanto dinheiro valer mais que mentes, não há grande futuro na educação.
Desta forma jamais chegaremos aos altos padrões culturais do primeiro mundo (onde, por exemplo, se lê 7X a quantidade de livros por ano do que o brasileiro lê), ficando sempre relegados a admirar esforços de professores (estes sim, mestres do ensino de vida, não apenas conteudistas preocupados com o salário) para dar aula.
Quanto à família e seu papel no incentivo dos jovens? Bem, esta é uma questão mais extensa ainda, sobre a qual discorrerei na próxima oportunidade.


Gustavo é um futuro jornalista e Administrador do site http://amobabi.hcerto.com, "um fórum por amor"
Texto Por: Gustavo
segunda-feira, janeiro 17, 2005
A que ponto chegou a educação no Brasil
Há algum tempo venho afirmando que a grande parte dos problemas do Brasil, são causados pela falta de investimento na educação. Os políticos não querem saber se os alunos estão aprendendo ou não. Juntando a “boa vontade” de nossos políticos, professores com salários medíocres fingindo que ensinam, e alunos fingindo que aprendem, temos a atual situação da educação brasileira.

Investir na educação, não é só dar comida, material e roupa aos alunos, como a ex-prefeita de São Paulo fez. Os argumentos dela, não foram convincentes. Vamos dar comida aos alunos, afinal, eles não vão à escola para estudar e sim para comer. Claro que ninguém consegue ter um bom desempenho estudando se estiver com fome, mas se esses alunos tivessem uma condição de vida no mínimo decente, eles não iriam à escola com fome.

Mas para os políticos e burgueses, é mais vantagem terem ignorantes trabalhadores. Informação é poder. E por que eles iriam investir em algo que daria esse poder as pessoas? Por que dariam as chaves, que tirariam as pessoas dessa prisão?
A população reclama que não é bem atendida nos postos, nas escolas, e fica por isso mesmo. Mal sabem eles de seus direitos.

Já a questão dos professores, é um pouco mais complicada. Pois os políticos não investem na educação e pagam salários horríveis aos professores. Mas nada justifica aulas medíocres que alguns deles dão. Alguns deles dizem: “Estou ganhando meu salário – diga-se de passagem, não é lá essas coisas -, passando a matéria na lousa, se quiser aprender aprende, porque já estou com o meu garantido”. O significado de professor é aquele que transmite ensinamento à outra pessoa. Se fosse para dizer isso, era melhor nem ser professor. Mas alguns dizem isso por puro desespero. Com aquelas salas que os alunos não ligam muito para os estudos. Não adianta o governo investir, os professores serem ótimos professores, se o principal interessado, não estiver interessado.

Lembro-me como se fosse hoje. Entrada da escola, um colega meu com o livro de química, e um moleque, que era um dos mais bagunceiros, e não ligava muito para os estudos, disse:
- Não sei por pra que eles dão esses livros, a gente não vai usar isso pra nada.
Minha vontade foi de dizer: Você não vai usar para nada. Aliás, você não vai usar nada para nada.

Em suma, quem mora na periferia não tem esperança de mudar de vida e não faz nada para melhorar de vida. O jovem periférico quer terminar seu ensino médio, começar a trabalhar e comprar seu carro para se divertir com os amigos. Emprego esse que está cada vez mais difícil conseguir.

O governo federal criou o Prouni – Programa Universidade Para Todos - que é uma boa iniciativa. Mas apesar de ser uma boa iniciativa, ainda há muito a se fazer. Pois enquanto houver ignorância, haverá absurdos.

Texto Por: Leonardo
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Assim como a Guerra Fria, essse, é um jogo de idéias e interesses. Onde só há um vencedor: qualquer um que participar

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