segunda-feira, janeiro 30, 2006
Do alto da minha laje
Do alto da minha laje, eu vejo pessoas se destruírem. Do alto da minha laje, como um traficante, eu observo o movimento de todas pessoas, sejam elas do bem, do mal, trabalhadores, ladrões, crianças e mendigos. Do alto da minha laje, eu observo o posto de saúde, que sobra doenças, falta saúde, médicos e remédios. Do alto da minha laje, eu vejo uma faixa com os dizeres: “obrigado ao Prefeito Serra e ao Deputado fulano-de-tal pela recapeação da avenida”, como se eles fizessem algum favor para nós.

Do alto da minha laje, eu leio meu jornal que diz: “Senado aprova duração mínima de nove anos para o ensino fundamental”. Uma ótima aprovação, agora as crianças da periferia receberão por mais um ano leite, roupa e material escolar. No meu jornal, leio que o governo, juntamente com a Argentina, pagou sua divida com o FMI. Magnífico, soberbo, sublime. Agora os mendigos, que vejo do alto da minha laje, poderão dormir sossegados, sem a preocupação dessa divida que tanto nos afligiava.

Do alto da minha laje, eu lembro que já temos usinas nucleares, que o nosso país tem um avião luxuoso para nosso presidente viajar, mas ainda temos problemas como falta de investimento na educação, saúde e saneamento básico. Do alto da minha laje, eu choro. Não porque temos uma das piores desigualdades sociais do mundo e, os políticos e todos os brasileiros são corruptos. Choro por motivos pessoais, por um vazio imenso deixando no meu coração.

O alto da minha laje é como um santuário, aonde eu vejo e sei de tudo. Não vejo só miséria, corrupção e problemas. Vejo alegria e esperança no olhar daquele velhinho de barbas brancas, que me observa todos os dias. Talvez, ele seja algum enviado de Deus, com a missão de me observar e dizer a Deus, se assim como ele, eu só observo os problemas e alegrias da minha nação ou se faço a minha parte, fazendo os olhos deste senhor brilharem, por ter alguém fazendo algo e, aumentando suas esperanças.
Texto Por: Leonardo
quinta-feira, janeiro 26, 2006
Jogo de Idéias 2006
Há um ano, dois amigos - Leonardo e Gabriel - pensando no vestibular, resolveram criar um blog para discutir temas atuais e treinarem a escrita. Para contribuir com o Jogo, foi chamado, talvez o melhor escritor do blog, Gustavo.

No inicio, os debates eram fervorosos. Um extremo-esquerdista, um centrista e um extremo-direitista, a formula perfeita para um blog jornalístico. Cuba, Bush, Socialismo, Capitalismo, Einstein, Desigualdade Social, Direitos humanos entre outros assuntos, foram debatidos durante seis meses, quando o Jogo perdeu a sua força.

Gabriel, um ser inteligentíssimo, passou no Senai e hoje é um campeão na área de Mecatrônica, Gustavo, passou em Letras, na UFRGS e eu, passei na PUC, na terceira chamada, para um curso com pouca concorrência, porém, não cursarei.

O Jogo de idéias dois mil e seis reforçou o seu time e, contratou jogadores de peso para o ano. Gabriela foi à primeira selecionada. Com os seus quatorze anos, e uma mentalidade de dar inveja a muita gente grande, dá o ar de sua graça esse ano no blog.

Contamos com a presença ilustre de Desirée. Bonita, inteligente e sensual, cursa administração na faculdade Presbiteriana Mackenzie e, estagia no RH da empresa Telefônica, onde pretende contribuir para o Capitalismo do País.

Alessandro. Talvez a única pessoa com quem eu converso sobre política da minha rua. Trabalha no fórum São Paulo e, cursa direito na FADISP. Um socialista extremo-esquerdista fervoroso, que é contra tudo e todos, porém, tem uma queda pelo capitalismo. “Trabalho oito horas por dia, almoço duas, estudo cinco e durmo seis. Não tenho tempo para pensar em revolução”.

André foi o último contratado, porém, não o menos importante. Tem idéias parecidas com a do nosso amigo Gabriel, porém, cursa Comunicação Social na UNB.

O jogo começou, apertem “start”.
Texto Por: Leonardo
O blog

Assim como a Guerra Fria, essse, é um jogo de idéias e interesses. Onde só há um vencedor: qualquer um que participar

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