quinta-feira, abril 21, 2005
Sem hipocrisia
“Legalize já, legalize já, uma erva natural não pode te prejudicar”. Marcelo D2 pediu para não sermos hipócritas, sendo assim, não serei.
Maconha faz mal, mas cigarro e bebidas alcoólicas também fazem, e continuam sendo comercializadas legalmente. Temos uma lei da época da ditadura militar, que nos diz que fumar maconha é crime. Mas qual crime quem fuma maconha comete ao fumar maconha ou usar qualquer outra droga?

Seguindo o raciocínio e as palavras de João Ubaldo, transcrevo um texto alheio, não por preguiça ou falta de assunto, mas é para verem que não sou só eu que penso assim:

"Se, por um milagre, todos os consumidores de drogas do Rio de Janeiro decidissem parar de comprar e consumir drogas - e assim financiar o tráfico, o Rio de Janeiro se transformaria numa Suíça? Não, a comparação com a Suíça não serve, porque lá os índices de criminalidade são baixíssimos, embora lá haja muito consumo - e naturalmente tráfico - de drogas. Ou talvez num imenso Portugal, onde o consumo é tolerado e os dependentes tratados, onde os números de assassinatos, assaltos, estupros, seqüestros e outros crimes violentos contra o cidadão são ínfimos diante dos nossos. A sociedade aceita que de vez em quando um ou outro dependente de heroína ou de cocaína (ou de álcool) morra de overdose (ou cirrose), por sua livre vontade e total responsabilidade. O Estado paga o funeral. E economiza uma fortuna em repressão inútil e em prisões superlotadas. Nesses países a corrupção policial e judicial é mínima. Se, por civismo, solidariedade ou fé, acabasse totalmente o consumo de drogas no Rio de Janeiro, imediatamente uma parte dos traficantes cariocas se mudaria para São Paulo ou Minas Gerais. Mas a grande maioria dos 'soldados', 'aviões', 'olheiros' e 'gerentes' de bocas, por absoluta falta de opções, ficaria mesmo onde sempre esteve, nos morros, nas periferias, na Baixada. As legiões que o tráfico emprega certamente não encontrariam emprego nas fábricas, nas lojas ou nos escritórios, até para gente honesta e competente, está difícil. Continuariam onde sempre estiveram, zoando, fumando, cheirando, matando, estuprando, barbarizando.
Continuariam drogados e violentos, só que também estariam desempregados. E desceriam sobre a cidade indefesa. Se os traficantes não vendessem mais drogas provavelmente não venderiam doces, venderiam armas, roubariam cargas, assaltariam lojas e residências, seqüestrariam pessoas, corromperiam policiais, juízes e políticos, oprimiriam, intimidariam, violentariam e matariam. Centenas de policiais e juízes e políticos corruptos deixariam de receber mesadas do tráfico e buscariam imediatas reposições salariais com assaltantes, contrabandistas, assassinos e seqüestradores. Sim, no ponto de descontrole em que a situação chegou, a conclusão lógica - e absurda! - é que sem o tráfico, que é relativamente organizado e tem razoável controle sobre suas tropas, seria muito pior. A desordem absoluta, o caos urbano e a pilhagem, os bárbaros rompendo os portões, se é que ainda há portões. Quem pagaria o pato não seria o Estado, mas os cidadãos, que pagam quase metade de tudo que ganham com seu trabalho para sustentá-lo."

Tirem suas próprias conclusões.

Observação: Amo as coisas que o João Ubaldo escreve.
Texto Por: Leonardo
segunda-feira, abril 04, 2005
Se você está sentindo vergonha das asnerias de Lula, veja essa imagem para sentir-se melhor :)

Texto Por: Leonardo
sábado, abril 02, 2005
Isso sim é vergonhoso

Semáforo, bairro Interlagos, Zona Sul de São Paulo:

- Oi tio, compra uma bala pra me ajudar?
- Estou sem trocado meu filho...
- O senhor não tem nenhuma moedinha pra me dar?
- Infelizmente estou sem trocado... Vai com Deus.

Triste. Tive vontade de chorar, mas me contive. É triste, vergonhoso e revoltante ver uma criança que aparentava ter 7 anos de idade, vendendo balas no semáforo para sustentar sua família. Deveria estar tendo infância ou estudando para ter um futuro digno.

Pais que colocam filhos no mundo, sem terem condições e sem ter uma estrutura básica de mantê-los. Ainda querem mudar o país. Querem um país sem desigualdades, fome e violência. É assim que cuidamos do futuro do Brasil, não dando a mínima para as nossas crianças.

Texto Por: Leonardo
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Assim como a Guerra Fria, essse, é um jogo de idéias e interesses. Onde só há um vencedor: qualquer um que participar

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